"Damned If You Do” é um disco mais espontâneo que cerebral. Até por isso, preste atenção aos refrãos! Alguns até trazem uma carga épica que confere uma dinâmica interessante, quase power metal em certas faixas.
Em suma, temos um disco de heavy metal seguindo os mandamentos do gêneros, e que empolga pelo peso e pelos estratagemas clássicos!
Ajoelhai e agradecei-vos, irmãos! A Igreja do Metal está viva e conclama seus fiéis ao culto ao heavy metal!"
Elas têm todos os elementos que transformaram aqueles dois álbuns em clássicos absolutos do heavy metal, mas com a roupagem da segunda e maravilhosa fase do Metal Church, de 1988 a 1995, exatamente com Howe nos vocais. Sim, os anos antes do primeiro hiato do grupo são fortemente representados em canções que poderiam ter saído dos primeiros três trabalhos com o então jovem vocalista cabeludo e loiro. Mais rápida e com aquele riff palhetado sempre funcional, Guillotine parece irmã de Conductor, do infelizmente subestimado Hanging in the Balance (1993), enquanto Into the Fold poderia ter saído de Blessing in Disguise (1989), e Monkey Finger, de The Human Factor (1991).
Monkey Finger, aliás, apresenta todo o groove que a banda ganhou com a entrada de Howe no lugar do saudoso David Wayne (1958-2005). E não deixa de ser curioso que, com Damned if You Do, Howe – que sempre foi um favorito dos fãs – passe a ser a maior voz na história do Metal Church: são cinco discos gravados contra quatro de Ronny Munroe, com quem o grupo teve seus momentos menos inspirados, e três de Wayne. Com pinta de comemoração do feito, a faixa-título, lançada pouco menos de um mês antes como primeiro single e videoclipe, já tinha dado uma amostra do poder de fogo. Mas aqui, como abertura do CD, vira um poderoso novo cartão de visitas com seu riff destruidor (Vanderhoof tem uma mão direita de muito respeito) e um refrão para castigar os pulmões.
Como se não bastasse tudo isso, o álbum ainda nos reserva duas das melhores músicas do Metal Church: By the Numbers, que já virou clipe (hilário, por sinal), é simplesmente sensacional, com mais um riff contagiante e uma baita linha vocal enriquecida pela performance nervosa de Howe; e Revolution Underway, por sua vez com um instrumental cheio de mudanças e belas passagens, nas quais brilham o guitarrista Rick Van Zandt, o sólido baixista Steve Unger e, principalmente, o batera Stet Howland. Na banda desde abril de 2017, quando entrou na vaga de Jeff Plate (Trans-Siberian Orchestra e Savatage), o ex-W.A.S.P. é uma verdadeira usina de força. Depois de vencer um câncer no início de 2018, Howland espanca o kit como se sua vida dependesse disso. E faz bonito. Gosta de heavy metal? Então, Damned if You Do é um item indispensável à sua coleção.
Descrição
CD Simples (Caixa Acrílica)
Ano: 2018
País: EUA
Ano de Formação: 1980
Procedência: Nacional
Gravadora: Shinigami Records
Estilo: Heavy / Power / Thrash Metal
TRACK LIST:
1. Damned If You Do
2. The Black Things
3. By the Numbers
4. Revolution Underway
5. Guillotine
6. Rot Away
7. Into the Fold
8. Monkey Finger
9. Out of Balance
10. The War Electric
Banda
Mike Howe – vocal
Kurdt Vanderhoof – guitarra
Rick Van Zandt – guitarra
Steve Unger – baixo
Stet Howland – bateria
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